No último domingo, Richard Ferreira da Cruz, de 20 anos, faleceu no Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Sua mãe, Alessandra Ferreira da Silva, alega que a morte do filho foi causada por agressões de um médico da unidade. Richard havia sido internado na noite de sábado, após ser encontrado com um ferimento de faca no pescoço.
Alessandra afirma que, apesar do ferimento, Richard estava estabilizado quando ocorreu um desentendimento com a equipe médica. Ela relata que o filho foi agredido com um soco no local do ferimento, o que teria agravado sua condição. O hospital, por sua vez, alega que os profissionais agiram em defesa própria após serem atacados pelo paciente.
A mãe de Richard conta que foi chamada ao hospital na madrugada de domingo, quando informaram que seu filho estava agitado. Ela explicou à equipe médica que Richard sofria de depressão e bipolaridade e pediu que ele fosse sedado. No entanto, segundo Alessandra, o jovem tentou deixar o hospital, o que levou a um confronto com o médico.
Durante o confronto, Alessandra afirma que o médico agrediu Richard com socos e chutes, reabrindo a ferida no pescoço. Ela descreve que um dos golpes atingiu uma veia, causando um sangramento intenso. Após a agressão, Richard foi levado para a sala vermelha, mas não resistiu.
O hospital emitiu uma nota afirmando que Richard estava agitado e agressivo, e que os profissionais precisaram se proteger. A Secretaria Municipal de Saúde declarou que a morte foi causada por ferimentos prévios de arma branca. A identidade do médico envolvido não foi divulgada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, após registro inicial na 16ª DP (Barra da Tijuca). A polícia busca esclarecer as circunstâncias da morte de Richard e a alegação de agressão por parte do médico.
Alessandra, ainda em choque, afirma que tentou intervir durante a agressão, mas foi ameaçada pelo médico. Ela insiste que as agressões foram a causa da morte do filho, que já estava em processo de recuperação.
A tragédia levanta questões sobre a conduta dos profissionais de saúde e a segurança dos pacientes em situações de emergência. A investigação policial será crucial para determinar os fatos e responsabilidades neste caso complexo e doloroso.