Nesta última terça-feira, 4 de fevereiro de 2025, o centro do Rio de Janeiro será palco de um ato simbólico em prol da justiça climática. Movimentos sociais, artistas e representantes de organizações internacionais se reunirão na Cinelândia a partir das 17h para dar visibilidade às lutas por um futuro sustentável. A mobilização é parte da Cúpula dos Povos Rumo à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30), que acontecerá de 12 a 16 de novembro em Belém, no Pará.
O ato visa reverberar as pautas relacionadas ao avanço das mudanças climáticas, que têm impactado diretamente a vida das pessoas. Izabely Miranda, da direção nacional do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), uma das organizações envolvidas na Cúpula, destaca que as modificações climáticas estão sendo sentidas na pele. A exploração predatória dos recursos naturais, impulsionada por projetos desenvolvimentistas, tem gerado consequências desastrosas, especialmente para os povos do Sul Global.
A mobilização da Cúpula dos Povos retoma um histórico de grandes encontros nacionais no Brasil, como a Rio 92 e a Rio+20, que foram marcados pela organização da sociedade civil. Além do ato, a Cúpula dos Povos promoverá uma série de reuniões ao longo da semana, reunindo representantes de países da África, Ásia, América e Europa. Essas reuniões têm como objetivo fortalecer a incidência global nas negociações climáticas e construir um calendário de ações conjuntas.
Os organizadores do evento enfatizam a importância de traçar uma estratégia coletiva de mobilização para os próximos meses. O foco será engajar populações locais, povos indígenas e comunidades tradicionais que têm sido afetadas por eventos climáticos extremos. A ideia é que essas vozes sejam ouvidas nas negociações climáticas, garantindo que as necessidades e preocupações de todos sejam consideradas.
Izabely Miranda ressalta a urgência de responsabilizar as grandes multinacionais que têm contribuído para crimes socioambientais. Segundo ela, se essas empresas não forem contidas, o mundo poderá chegar a um ponto de não retorno em relação às mudanças climáticas. A prioridade deve ser dada à pauta climática, que é essencial para a sobrevivência do planeta e das futuras gerações.
A mobilização em prol da justiça climática é um chamado à ação para todos os cidadãos. A participação no ato é uma forma de demonstrar apoio às iniciativas que buscam um futuro mais sustentável e justo. A Cúpula dos Povos representa uma oportunidade para que as pessoas se unam em torno de um objetivo comum: a proteção do meio ambiente e a promoção de políticas que garantam a justiça social.
O ato na Cinelândia é mais do que uma manifestação; é uma oportunidade para que as vozes da sociedade civil sejam ouvidas em um momento crítico para o planeta. A luta por justiça climática é uma responsabilidade coletiva, e cada ação conta. A mobilização em São Paulo é um passo importante para fortalecer a luta global contra as mudanças climáticas e garantir um futuro mais sustentável para todos.
Em resumo, o ato por justiça climática que ocorrerá no Rio de Janeiro é uma mobilização significativa que busca dar visibilidade às lutas por um futuro sustentável. Com a participação de diversos movimentos sociais e organizações, o evento promete ser um marco na preparação para a COP 30, destacando a importância da responsabilidade social e ambiental em um mundo em constante mudança.