O deputado federal Pedro Paulo (PSD-RJ) anunciou sua desistência de concorrer ao cargo de vice-prefeito na chapa do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), nas eleições de outubro. A decisão foi comunicada ao prefeito na manhã de segunda-feira, 22 de julho, e pegou a todos de surpresa, uma vez que Pedro Paulo era o favorito para a vaga.
Os motivos que levaram à desistência estão relacionados a preocupações sobre a repercussão de um suposto vídeo íntimo do deputado, que poderia ser explorado por adversários políticos durante a campanha. Essa situação gerou um clima de incerteza e levou Pedro Paulo a optar por não se envolver na disputa eleitoral.
Até o momento, o deputado não se manifestou publicamente sobre sua decisão, e Eduardo Paes também se absteve de comentar o assunto. A saída de Pedro Paulo da corrida eleitoral representa um revés para a campanha de reeleição de Paes, que havia oficializado sua candidatura em convenção do PSD apenas dois dias antes.
Com a desistência de Pedro Paulo, o nome mais cotado para assumir a vaga de vice é o do deputado estadual Eduardo Cavaliere, ex-secretário municipal da Casa Civil. No entanto, há dúvidas sobre a experiência de Cavaliere para o cargo, o que pode complicar a escolha do novo candidato.
Nos bastidores, especula-se que, caso reeleito, Paes poderia deixar a prefeitura para concorrer ao governo do estado, o que tornaria ainda mais importante a escolha de um vice de confiança. A pressão para que o Partido dos Trabalhadores (PT) indique um candidato para a chapa também aumentou, especialmente após a saída de Pedro Paulo.
Eduardo Paes, que já está em seu terceiro mandato como prefeito, lidera as intenções de voto com 53%, segundo pesquisas recentes. Ele é amplamente apoiado, inclusive pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que fortalece sua posição na corrida eleitoral.
A situação atual da campanha de Paes reflete a complexidade do cenário político no Rio de Janeiro, onde alianças e estratégias são constantemente reavaliadas. A escolha do novo vice será crucial para a continuidade da sua administração e para a sua estratégia eleitoral.
Com a desistência de Pedro Paulo, o PSD terá que agir rapidamente para encontrar um novo nome que possa agregar valor à chapa e garantir a competitividade nas eleições que se aproximam.