Na manhã desta segunda-feira, uma nova era energética se inicia no Brasil com a inauguração da Usina Termelétrica GNA II, localizada no Porto do Açu, em São João da Barra, Rio de Janeiro. Com investimento de R$ 7 bilhões e capacidade instalada de 1,7 gigawatts, a usina consolida-se como a maior termelétrica a gás natural da América Latina, somando, junto à GNA I, uma potência total de 3 gigawatts. Esta inauguração representa um marco para a matriz energética do país, fortalecendo a oferta de energia firme e segura para milhões de residências brasileiras.
A usina termelétrica GNA II se destaca por sua alta eficiência e inovação tecnológica, especialmente por operar com a possibilidade de até 50% de hidrogênio na composição do combustível, substituindo parte do gás natural tradicional. Essa característica posiciona o empreendimento na vanguarda da transição energética global, mostrando o compromisso brasileiro em reduzir as emissões de carbono e apostar em fontes mais limpas e sustentáveis. O sistema de ciclo combinado utilizado na usina aproveita o calor das turbinas a gás para movimentar turbinas a vapor adicionais, aumentando a eficiência para mais de 62%.
Outro ponto de destaque da usina termelétrica GNA II é o uso quase integral de água do mar em seus processos industriais, evitando impactos significativos sobre os recursos hídricos continentais. A estrutura é composta por três turbinas a gás e uma turbina a vapor, configurando uma instalação moderna e ambientalmente consciente. Com essa tecnologia, a usina consegue gerar aproximadamente 35% de sua energia sem consumo adicional de combustíveis fósseis, o que reforça a sua função estratégica para o desenvolvimento sustentável do setor energético.
Durante a construção da usina termelétrica GNA II, cerca de 10 mil empregos diretos foram gerados, impulsionando a economia local e regional. O projeto também ofereceu cursos gratuitos de capacitação para trabalhadores da região, promovendo desenvolvimento social e profissional. No auge das obras das usinas GNA I e GNA II, o número de empregos diretos chegou a 22 mil, demonstrando a importância do investimento para o fortalecimento econômico da área do Porto do Açu e entorno.
A usina termelétrica GNA II integra o portfólio de projetos estratégicos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), que visa promover o desenvolvimento econômico com foco em infraestrutura e sustentabilidade. A capacidade instalada de 1,7 gigawatts significa que a GNA II pode abastecer cerca de 8 milhões de residências com energia firme e confiável, fortalecendo a segurança energética do país e garantindo o suprimento para a crescente demanda.
Além do impacto direto na matriz energética, a inauguração da usina termelétrica GNA II simboliza o compromisso do Brasil com a transição energética, alinhando crescimento econômico e proteção ambiental. A capacidade de operar com hidrogênio e o uso de água do mar como recurso no processo industrial mostram que a tecnologia nacional está evoluindo para métodos mais modernos e sustentáveis, reduzindo a pegada ambiental e preparando o setor para os desafios do futuro.
O complexo termelétrico, que soma investimentos de R$ 12 bilhões entre as usinas GNA I e GNA II, tem capacidade para fornecer energia a cerca de 14 milhões de domicílios, representando um dos maiores parques de geração de energia a gás natural da América Latina. Essa relevância torna a região do Porto do Açu um polo estratégico para o setor energético, atraindo novos investimentos e fortalecendo a posição do Brasil no cenário global.
Em síntese, a inauguração da usina termelétrica GNA II simboliza um salto tecnológico e ambiental para a matriz energética brasileira. A combinação de alta eficiência, inovação com hidrogênio e responsabilidade ambiental reforça a importância do projeto para o futuro da energia no país. O empreendimento não só amplia a capacidade de geração como também dá exemplo de como a tecnologia pode ser aliada da sustentabilidade, garantindo energia segura e limpa para milhões de brasileiros.
Autor: Melana Yre