Ser crítico de cinema é um exercício profundo de leitura estética, política e cultural das imagens que nos cercam. Gustavo Beck, atuando como Film Critic em revistas internacionais, transformou essa prática em uma forma de escuta e interpretação do mundo contemporâneo. Seu olhar aguçado, alimentado por anos de atuação como Film Curator, Filmmaker e Film Scholar, proporciona uma análise que vai além da superfície narrativa.
Este artigo compartilha reflexões sobre essa experiência crítica em âmbito internacional. Saiba mais a seguir:
O que significa ser um crítico internacional de cinema?
Ser um Film Critic internacional exige atravessar fronteiras não apenas geográficas, mas também simbólicas. Para Gustavo Beck, isso significa estar aberto a diferentes formas de linguagem cinematográfica e às especificidades culturais que cada obra carrega. Escrever para revistas estrangeiras exige uma escuta atenta ao contexto de produção e recepção dos filmes, além de um vocabulário crítico capaz de dialogar com públicos diversos. A crítica torna-se, assim, uma ponte entre culturas, uma forma de mediação e tradução.
O curador destaca que a crítica internacional também implica responsabilidade. Ao escrever sobre filmes de países distintos, ele procura evitar generalizações ou exotizações, optando por abordagens analíticas e respeitosas. Como Film Scholar e professor de cinema, ele leva essa mesma ética para as salas de aula e os congressos dos quais participa. Para ele, cada imagem tem uma história, e cabe ao crítico fazer justiça a essa história — com rigor, sensibilidade e empatia.
Como a crítica dialoga com a curadoria e o ensino?
A atuação como Film Curator e Film Programmer oferece a Gustavo Beck uma perspectiva prática que enriquece sua crítica. Curar é, de certo modo, escrever com filmes — organizar narrativas e conexões a partir das escolhas feitas. Essa experiência alimenta sua escrita crítica com uma compreensão mais profunda das intenções autorais e dos contextos de produção. A crítica, por sua vez, torna-se uma extensão da curadoria: uma forma de continuar o diálogo com os filmes e com o público.

No campo do ensino, o programador e professor leva para os cursos, workshops e seminários sua experiência como Film Critic e Film Historian. Ao analisar filmes com os alunos, ele compartilha ferramentas interpretativas, estimula o pensamento crítico e promove o debate. A prática crítica, assim, transforma-se também em pedagogia. O olhar analítico que o professor e crítico desenvolveu na crítica serve de base para formar novos espectadores — e, quem sabe, futuros críticos e curadores.
Quais os desafios de escrever sobre cinema num mundo saturado de imagens?
Num cenário em que todos comentam filmes nas redes sociais, o papel do Film Critic profissional pode parecer diluído. Mas Gustavo Beck acredita que há, mais do que nunca, espaço para a crítica comprometida e aprofundada. O desafio está em oferecer algo que vá além da opinião rápida: uma leitura que contextualize, provoque e ilumine. Em um mundo saturado de imagens, o olhar crítico deve ser, acima de tudo, um exercício de escuta e paciência.
Outro desafio é manter a autonomia intelectual diante da pressão das estreias, das modas e das campanhas promocionais. O Expert e Producer, conhece bem os bastidores do mercado audiovisual e sabe que a crítica precisa manter um olhar independente. Para ele, escrever sobre cinema é um ato de resistência, uma forma de desacelerar, refletir e construir conhecimento em meio ao fluxo contínuo de conteúdo. A crítica, nesse contexto, é uma arte da atenção.
Conclui-se assim que, ler imagens e escrever histórias é uma prática que exige mais do que técnica — exige presença, escuta e compromisso com o cinema. Gustavo Beck, como Film Critic internacional, transformou essa prática em um exercício constante de diálogo entre culturas, saberes e experiências. Ao integrar crítica, curadoria, ensino e realização, ele mostra que escrever sobre cinema é também participar ativamente de sua história.
Autor: Melana Yre